Proteção Civil registou 150 ocorrências durante a madrugada devido a mau tempo

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A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou 150 ocorrências entre a meia-noite e as sete da manhã desta quarta-feira, em consequência da passagem de uma superfície frontal fria pelo território nacional.

Nas Caldas da Rainha, o coordenador do serviço municipal de proteção civil, Gui Caldas, revelou que as últimas horas trouxeram várias situações que exigiram intervenção. Entre os incidentes destacaram-se quedas de estruturas temporárias, danos nas redes de telecomunicações com cabos partidos e o levantamento de várias tampas da rede de saneamento pluvial.

“A pressão criada pelo fluxo da água na rede pluvial provoca estes efeitos. O cálculo destas infraestruturas baseia-se nos caudais habituais dos últimos anos, mas não prevê este tipo de situações extremas”, explicou o responsável. Apesar da intensidade das condições meteorológicas, não se verificaram quedas de árvores, apenas de alguns ramos, o que foi considerado positivo pelas autoridades locais.

Com o arranque da rotina matinal, a proteção civil antecipa novas chamadas à medida que a população retoma as atividades normais. O coordenador alertou para um possível agravamento das condições atmosféricas, com mais precipitação e vento forte ao longo do dia, o que poderá causar inundações em zonas urbanas, cheias por transbordo de rios e ribeiros, e acumulação de água nas vias rodoviárias.

As recomendações das autoridades passam por evitar deslocações desnecessárias, garantir a desobstrução de sistemas de escoamento de águas pluviais e caleiras, fixar estruturas soltas como andaimes e placards, e remover objetos suspensos. A população deve ainda evitar permanecer junto a árvores, na orla costeira e em zonas ribeirinhas vulneráveis, bem como abster-se de atividades marítimas.

Para quem necessite de conduzir, as autoridades recomendam uma condução defensiva com redução substancial de velocidade, maior distância para o veículo da frente e atenção redobrada aos efeitos de aquaplanagem. Atravessar zonas inundadas está expressamente desaconselhado.

Gui Caldas deixou um agradecimento público a todos os agentes de proteção civil, bombeiros, PSP e GNR que trabalham no terreno para garantir a segurança de pessoas e bens, e reforçou: “Todos somos proteção civil.”

Entrevista a Gui Caldas para ouvir aqui:

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