Aliança Democrática vence Legislativas de 2025 — PS e Chega empatam em deputados

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As eleições legislativas de 18 de maio de 2025 em Portugal ditaram uma clara vitória para a Aliança Democrática (AD), coligação entre o PSD e o CDS-PP, que obteve 32,1% dos votos e elegeu 86 deputados, afirmando-se como a principal força política do país. O resultado marcou uma viragem significativa no panorama político nacional, com o Partido Socialista (PS) e o Chega a empatarem no número de mandatos, com 58 deputados cada, apesar de ligeiras diferenças percentuais — 23,38% para o PS e 22,56% para o Chega.

A Iniciativa Liberal conquistou 5,53% dos votos e nove lugares no Parlamento, enquanto o Livre conseguiu eleger seis deputados com 4,2%. O PCP-PEV garantiu três lugares (3,03%) e o Bloco de Esquerda apenas um, com 2% dos votos. O PAN manteve um deputado (1,36%) e o Juntos pelo Povo (JPP) conseguiu também eleger um representante, com 0,34% dos votos.

A participação eleitoral situou-se nos 64,38%, com uma taxa de abstenção de 35,62%, um valor que demonstra uma mobilização superior à registada em atos eleitorais anteriores.

No distrito de Lisboa, a AD foi igualmente a força mais votada, alcançando 39,32% dos votos. O PS recolheu 21,72%, enquanto o Chega somou 20,69%. A Iniciativa Liberal e o Livre também obtiveram resultados expressivos no distrito, reforçando assim, a diversidade ideológica da representação lisboeta.

Em Leiria, a tendência manteve-se, com a AD a liderar com 39,48%, num distrito tradicionalmente inclinado para o centro-direita. O PS e o Chega voltaram a surgir muito próximos, com 21,72% e 20,69% respetivamente, refletindo uma competição acesa entre as duas forças.

No distrito de Santarém, os números foram semelhantes aos de Leiria. A AD venceu com 39,48% dos votos, confirmando a preferência pelo centro-direita na região. O PS e o Chega repetiram, também aqui, os seus desempenhos praticamente iguais, consolidando o empate técnico registado a nível nacional.

A noite eleitoral ficou ainda marcada por reações fortes dos líderes partidários. Luís Montenegro, cabeça de lista da AD, declarou que “o povo português escolheu este primeiro-ministro e não quer outro”, assumindo o mandato como uma legitimação clara do eleitorado. Em contraste, Pedro Nuno Santos, líder do PS, anunciou a sua demissão na sequência do resultado dececionante, encerrando um ciclo iniciado após a saída de António Costa.

O novo mapa político saído destas eleições aponta para um Parlamento fragmentado, mas com um centro-direita reforçado e um Chega consolidado como terceira força nacional. O cenário que se segue será decisivo para definir os próximos equilíbrios políticos e governativos do país.

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