A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Lourinhã mobilizou esta madrugada recursos para apoiar o combate ao incêndio florestal que lavra em Penamacor, no distrito de Castelo Branco. O Veículo Tanque Tático Rural 02 da corporação partiu às 01h00 com destino à zona afetada pelas chamas, transportando o chefe de equipa Diogo Engenheiro e o bombeiro Paulo Roque.
O fogo deflagrou ontem à tarde, cerca das 16h36, na localidade de Aranhas, concelho de Penamacor, e propagou-se rapidamente para áreas adjacentes, incluindo a Aldeia de João Pires. As condições meteorológicas adversas e o terreno acidentado têm dificultado as operações de combate, obrigando ao reforço constante de meios humanos e materiais.
Durante a madrugada, o dispositivo no terreno foi substancialmente reforçado com a chegada de corporações de bombeiros de várias regiões do país. Esta mobilização nacional evidencia a gravidade da situação e a necessidade de concentrar esforços para conter o avanço das chamas em terreno de difícil acesso.
Na manhã de hoje, o combate ao incêndio mobilizava cerca de 400 operacionais, apoiados por 126 viaturas de combate a incêndios e cinco meios aéreos. Os recursos aéreos, incluindo helicópteros de ataque inicial e aviões pesados, têm sido fundamentais nas operações de ataque direto às frentes mais ativas do fogo.
Até ao momento, não existem habitações afetadas pelas chamas, facto que constitui um alívio para as autoridades e para as populações locais. Contudo, várias estruturas de apoio à atividade agrícola cederam ao avanço do fogo, resultando em prejuízos significativos para os proprietários rurais da região.
O incêndio mantém duas frentes ativas, sendo uma delas considerada mais preocupante pelas autoridades. A outra frente encontra-se controlada em cerca de 50 por cento, segundo informações das autoridades de proteção civil. As equipas no terreno trabalham de forma coordenada para impedir a progressão das chamas e criar perímetros de segurança.
A participação dos Bombeiros Voluntários da Lourinhã nesta operação de combate ilustra o espírito de entreajuda entre as corporações nacionais e a disponibilidade permanente dos bombeiros para atuar em qualquer ponto do território nacional. Esta colaboração interdistrital tem sido fundamental na resposta aos grandes incêndios florestais que assolam Portugal durante os meses de verão.
As autoridades mantêm-se vigilantes face à evolução das condições meteorológicas, uma vez que o vento e as temperaturas elevadas podem agravar significativamente a situação. A população das aldeias próximas da zona do incêndio permanece em alerta, seguindo as orientações das autoridades de proteção civil.
O combate prossegue ininterruptamente, com as equipas a alternar turnos para garantir a continuidade das operações durante as 24 horas. A situação continua a ser monitorizada de perto pelas autoridades competentes, que não descartam o reforço adicional de meios caso a evolução do incêndio o justifique.