Na última terça-feira, 6 de fevereiro de 2024, a conhecida ligação entre a Lagoa de Óbidos e o mar, popularmente denominada “Aberta”, foi fechada. Este evento, que ocorre ciclicamente, tem preocupado especialistas devido ao assoreamento constante da lagoa, o qual impede a circulação natural da água entre os dois corpos hídricos.
As possíveis causas para o assoreamento são diversas e incluem de forma principal a ação das ondas e correntes marítimas. A deposição de sedimentos trazidos até à Lagoa de Óbidos é também causa constante.
Os efeitos do fecho da “Aberta” são preocupantes, com potenciais consequências negativas para o ambiente e as atividades económicas locais. Estas incluem a diminuição da oxigenação da água da lagoa, o que pode resultar na morte de peixes e outros organismos, o aumento da salinidade prejudicial à agricultura, bem como o impedimento da migração de peixes entre a lagoa e o mar. Além disso, o turismo e a pesca na região podem ser significativamente afetados.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e as Câmaras Municipais de Caldas da Rainha e Óbidos estão a trabalhar em conjunto para monitorizar a situação e encontrar soluções a longo prazo. No entanto, até o momento, não há previsão para a reabertura da “Aberta”, enquanto as autoridades continuam a avaliar a melhor abordagem para a dragagem da lagoa.
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