Foram ontem revelados os detalhas da edição de 2025 do Festival de Ópera de Óbidos, numa apresentação que decorreu no histórico Grémio Literário, em Lisboa. O evento, marcado para os dias 6 a 21 de setembro, promete consolidar a posição de Óbidos como referência no panorama operático nacional.
A sessão de apresentação contou com a presença de Filipe Daniel, presidente da Câmara Municipal de Óbidos, José Rafael Rodrigues, da ABA – Banda de Alcobaça Associação de Artes, Carla Caramujo, diretora artística do festival, e Teresa Cochito, presidente do Círculo Richard Wagner Portugal. O momento culminou com uma atuação da soprano Regina Freire, acompanhada ao piano por Pedro Lopes.
Ambição renovada para 2025
Filipe Daniel sublinhou que esta edição representa “uma oportunidade única de afirmar Óbidos no mapa operático nacional e internacional”. O autarca garantiu que a vila medieval estará preparada para acolher artistas e público, elogiou o trabalho da ABA na concretização do projeto.
José Rafael Rodrigues manifestou “renovada ambição” para o festival, resultado da parceria cada vez mais sólida com o município. A programação deste ano inclui a produção de quatro óperas e uma gala lírica, o que representa um “reforço evidente do compromisso com a comunidade artística”. O responsável da ABA deixou ainda um apelo: “Esperamos que nos visitem em setembro”, recordou o sucesso das duas últimas edições, com plateias esgotadas.
Belle Époque inspira conceito artístico
Carla Caramujo, diretora artística do festival, revelou que a edição de 2025 “veste-se de Almada Negreiros e Belle Époque”. O conceito cria uma ponte artística entre as primeiras décadas do século XX e a atualidade, não apenas na estética, mas principalmente na defesa de “valores fundamentais da liberdade, igualdade e tolerância que hoje precisamos mais do que nunca relembrar”.
O Festival de Ópera de Óbidos resulta da organização conjunta entre a ABA – Banda de Alcobaça Associação de Artes e a Câmara Municipal de Óbidos. A iniciativa conta com o apoio da Direção Geral das Artes, do BPI/Fundação “la Caixa”, do Círculo Richard Wagner Portugal e o mecenato da Égide.
A programação completa será divulgada nas próximas semanas, mas já se antevê uma edição que promete marcar o calendário cultural do país.