Matt Oshrine volta a Óbidos para defender título no Open de Portugal

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Matt Oshrine
Foto: Rodrigo Gatinho

O campo do Royal Óbidos prepara-se para receber, pela quinta e última vez, o torneio mais prestigiado do golfe português. Entre quinta-feira e domingo, 144 jogadores disputam os 300 mil euros em prémios monetários da 63.ª edição do Open de Portugal, numa prova que marca o fim de uma era no resort da Região Oeste.

O norte-americano Matt Oshrine chega ao Oeste como campeão defensor, depois de ter conquistado o título em 2024 e se ter tornado apenas no segundo jogador dos Estados Unidos a vencer esta competição. Oshrine foi também o primeiro americano a erguer o troféu desde que a prova integrou o HotelPlanner Tour, a segunda divisão do golfe profissional europeu.

A tarefa de revalidar o título apresenta-se particularmente desafiante. A história mostra que apenas quatro jogadores conseguiram repetir a vitória nas 62 edições anteriores: Ken Bousfield (1961), Ramón Sota (1970), Sam Torrance (1983) e Paul Broadhurst, todos eles em campos diferentes do atual.

Elite europeia marca presença

A qualidade do pelotão impressiona pelos números. Nove dos dez primeiros classificados da ‘Road to Maiorca’ – o ranking do HotelPlanner Tour – confirmaram presença, assim como 20 dos 21 vencedores de torneios da temporada 2025.

O escocês David Law lidera a hierarquia e chega a Portugal com objetivos bem definidos. Com dois triunfos já conquistados este ano (República Checa e Finlândia), o jogador procura o terceiro troféu que lhe garantiria a promoção automática ao DP World Tour, o escalão principal do golfe europeu.

Na mesma situação encontra-se o italiano Renato Paratore, sexto do ranking, que venceu consecutivamente nos Emirados Árabes Unidos e no Abu Dhabi. O transalpino, que já brilhou no DP World Tour com duas vitórias, sabe que um terceiro título lhe abriria as portas do regresso à elite.

Últimas oportunidades na temporada

O Open de Portugal assume importância acrescida no calendário. Trata-se do 25.º torneio de uma temporada composta por 29 provas, mas a escassez de oportunidades futuras aumenta a pressão sobre os concorrentes.

Depois desta semana em Óbidos e do Italian Challenge Open, apenas 68 jogadores terão direito a participar nos últimos três torneios da época, incluindo o Hainan Open na China. A matemática é simples: quem não estiver no top-68 após Itália vê a temporada terminar prematuramente.

Representação portuguesa em busca da China

Portugal apresenta oito representantes, sete deles profissionais. Pedro Figueiredo (37.º do ranking) surge como o mais bem posicionado para garantir presença na China, enquanto Tomás Melo Gouveia (98.º) e Tomás Bessa (186.º) necessitam de performances excecionais para manter viva a esperança de chegar a Maiorca, onde decorre a final da temporada.

“Não posso mentir e sinto essa pressão”, assumiu Melo Gouveia, que no ano passado foi o melhor português da prova ao terminar entre os dez primeiros classificados.

Completam a representação lusa os profissionais Pedro Lencart, Daniel Rodrigues, Hugo Camelo, Vasco Alves e o campeão nacional de amadores João Pereira.

Campo com assinatura de uma lenda

O percurso do Royal Óbidos, desenhado pelo saudoso Severiano Ballesteros, despede-se da competição após cinco anos consecutivos como anfitrião. O campo espanhol deixa assim a sua marca na história do mais antigo torneio de golfe português, numa semana que promete emoção até ao último buraco.

A competição inicia-se quinta-feira com o tradicional Pro-Am, antes das quatro voltas decisivas que determinarão o sucessor de Matt Oshrine no palmarés do Open de Portugal.

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