José Manuel Fernandes, Ministro da Agricultura e Mar, apelou a “uma Assembleia da República que defenda a agricultura e os agricultores” durante a sua participação na VIII Gala de Entrega dos Prémios Porco D’Ouro 2025, que decorreu no passado dia 4 de julho, nas Caldas da Rainha.
O governante sublinhou que “a produção animal é absolutamente essencial” e rejeitou a ideia de que os produtores sejam vistos como antagonistas. “Os agricultores e os produtores não são um vilão. Nós acreditamos na agricultura, sabemos que é uma mais-valia que traz coesão territorial e que, obviamente, é estruturante”, declarou José Manuel Fernandes.
O ministro aproveitou a ocasião para destacar a relevância económica do setor suinícola, que ultrapassa os 780 milhões de euros, o que corresponde a 28% da produção animal nacional e cerca de 6,5% da produção agrícola total. Referiu ainda que a atual taxa de aprovisionamento, fixada em 71%, deixa uma margem significativa para crescimento futuro.
José Manuel Fernandes reforçou o compromisso governamental em reduzir o défice agroalimentar, lembrando que “2024 foi um bom ano, em que várias centenas de milhões de euros corresponderam a essa redução, mas ainda temos um enorme trabalho pela frente”.
O ministro reconheceu as dificuldades burocráticas que os produtores enfrentam, particularmente no licenciamento, e assumiu o compromisso de simplificar estes processos. “A nossa obrigação é simplificar e combater a burocracia”, afirmou, destacando a colaboração com o Ministério para a Reforma do Estado e o empenho pessoal do Primeiro-Ministro nesta área.
Durante a cerimónia, José Manuel Fernandes elogiou o setor pelo “trabalho proativo”, pela “conquista de novos mercados” e pelo “apoio que dão à economia”. O governante valorizou ainda o “compromisso contínuo” dos produtores e a sua “atitude de reagir em vez de olhar para o passado”.
O ministro concluiu a sua intervenção realçando que a Gala Porco D’Ouro se tornou numa referência nacional, onde se premeia o mérito, rigor e qualidade. “É um sinal de reconhecimento por este trabalho permanente, onde há conhecimento, inovação e resiliência”, rematou.