A Unidade Local de Saúde do Oeste (ULS Oeste) está a implementar um plano de reconversão e eficiência energética nos hospitais de Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras, num investimento superior a 5,1 milhões de euros, financiado pelo PRR – Plano de Recuperação e Resiliência. Com estas intervenções, prevê-se uma redução significativa da pegada ambiental das unidades hospitalares, estimando-se a diminuição anual de mais de 920 toneladas de gases de efeito de estufa, o que equivale às emissões de cerca de 200 automóveis ao longo de um ano.
Este projeto enquadra-se na Componente C13 do PRR, dedicada à eficiência energética em edifícios da Administração Pública Central, representando um passo decisivo para a modernização das infraestruturas hospitalares da região. Elsa Baião, Presidente do Conselho de Administração da ULS Oeste, sublinha a importância deste investimento, destacando que se trata de “um passo crucial para a construção de um futuro mais verde, sustentável e saudável para Portugal, com evidentes benefícios para a região Oeste”.
O Hospital de Torres Vedras será alvo da maior fatia do investimento, com um montante de 2,67 milhões de euros destinado à implementação de medidas que reduzirão o consumo de energia primária em mais de 30% e as emissões de gases com efeito de estufa em cerca de 40%. Esta redução, correspondente a 563,13 toneladas de dióxido de carbono equivalente por ano, equivale ao consumo energético anual de 60 residências médias.
No Hospital de Caldas da Rainha, as intervenções na área da sustentabilidade ambiental e eficiência energética ascendem a 1,44 milhões de euros. A melhoria da classificação energética desta unidade hospitalar permitirá uma redução do consumo de energia primária em 26,87%, resultando numa diminuição da pegada carbónica de 235,70 toneladas anuais de CO2 equivalente – o correspondente às emissões de mais de 50 automóveis movidos a combustíveis fósseis durante um ano.
O Hospital de Peniche beneficiará de um investimento de 993 mil euros, permitindo uma redução superior a 40% no consumo de energia primária e uma diminuição de 123,09 toneladas anuais de CO2 equivalente, valor comparável às emissões geradas por 1200 passageiros em voos de longa distância.
Para alcançar estes objetivos, a ULS Oeste implementará um conjunto de medidas estruturais, nomeadamente a instalação de sistemas de energia renovável solar fotovoltaica, substituição da iluminação convencional por tecnologia LED de alta eficiência e otimização dos recursos hídricos. O plano prevê ainda a substituição de caldeiras e sistemas de arrefecimento, bem como a modernização das superfícies envidraçadas, entre outras intervenções com impacto direto na eficiência energética das unidades hospitalares.
Elsa Baião destaca que este investimento “não só reduz a pegada ambiental dos hospitais, contribuindo para um planeta mais sustentável para as futuras gerações, como também liberta recursos que poderão ser reinvestidos na melhoria dos cuidados de saúde e no bem-estar dos utentes da região do Oeste”.
Segundo a ULS Oeste este tipo de iniciativas pretendem reforçar o seu compromisso com a sustentabilidade e eficiência energética, garantindo melhores condições para utentes e profissionais de saúde, ao mesmo tempo que contribuem ativamente para a mitigação dos impactos ambientais associados às infraestruturas hospitalares.